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A Consciência de Quão Pequena Sua Experiência do Mundo é.

Você está aqui. Você estava perdido no começo, mas logo começou a desenhar para você um mapa do mundo, traçando os contornos de sua vida. E como os primeiros exploradores, mais tarde ou mais cedo, você teve que lidar com espaços em branco no seu mapa.

Todas as experiências que você nunca teve. A parte de você que ainda está coçando para saber o que há lá fora. Eventualmente essas perguntas tiram um peso de si próprias, e começam a pairar sobre seu dia a dia.

Todas as bilhões de portas que você teve que fechar para conseguir dar um único passo para frente. Todas as coisas que você não fez, e talvez nunca consiga voltar para fazer; todos os riscos que podiam ou não ter sido reais; todas os destinos que você não comprou uma passagem para; todas as luzes que você vê a uma distância que você pode apenas imaginar o que elas são; todas as histórias alternativas que você sutilmente evitou; todas as fantasias que permaneceram adormecidas dentro de sua cabeça; tudo que você está abrindo mão, para estar onde você está agora. As questões que você pressupõem erroneamente que são irrespondíveis.

É estranho quão pouco do universo nós realmente temos a oportunidade de ver. Estranhas quantas presunções nós temos que fazer apenas pra passarmos, presos em apenas um corpo, em apenas um lugar no tempo.

Estranho quantas desculpas nós inventamos para explicar o porquê tanta vida fica no plano de fundo. Estranho que qualquer um de nós pudesse se sentir em casa em tal alheio mundo. Nós rabiscamos monstros no mapa porque achamos a presença deles confortável. Eles guardam as beiras do abismo, e nos forçam a olhar para o outro lado para que possamos viver confortavelmente no Mundo Conhecido, pelo menos por enquanto.

Mas se alguém lhe perguntar no seu leito de morte, como era viver na terra, talvez a única resposta honesta seja: “Eu não sei. Eu passei por lá uma vez, mas eu nunca realmente estive lá.”

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