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A Estranheza de Lugares Deixados Para Trás.

Você pode senti-lo quando se muda de uma casa, o perceber do quão vazio um lugar pode soar. Andando de manhã pelo corredor de uma escola, ou em escritórios com a energia desligada em finais de semana. Em parques de diversão na baixa temporada, que geralmente são agitados com vida, mas agora residem abandonados e quietos.

É fácil esquecer que a maioria de suas memórias aconteceram em lugares que ainda estão por ai. As paredes em sua maior parte inalteradas, com até mesmo algumas das mesmas pessoas que seguiram em frente durante sua ausência. Mas o mundo que um dia você conheceu, e as pessoas que você ainda se lembra, há muito seguiram em frente, substituídas por tantas que cruzaram estas portas.

Você tenta ficar tempo suficiente para botar a conversa em dia com suas memórias, e finalmente permanecer na vida que passou tanto tempo construindo. Esperando que o mundo fique por ai para lhe fazer companhia, mas eventualmente você arruma suas coisas e caminha pela casa uma última vez. E nem se quer um dia após você ter partido, ela se tornará a nova casa de alguém. Uma tela em branco que eles preencherão com suas próprias memórias, enterrando a vida que você construiu em uma nova camada de tinta, deixando nada mais que ecos do que o que uma vez esteve aqui, deixando um quarto não apenas com um vazio, mas com um hiper-vazio, com a população total no negativo. Do qual os habitantes estão tão conspicuamente ausentes que brilham como luzes de neons.

Talvez seja por isto que queremos acreditar em fantasmas, talvez seja apenas uma fantasia. Uma fantasia de que nossas memórias poderiam sertão poderosas que deixariam uma marca na parede que poderia significar algo para uma outra pessoa, e que não pudessem ser simplesmente pintadas por cima. Nós queremos apenas marcar nosso tempo aqui, para manter os quartos preenchidos e as memórias vivas. E se nossas casas nos assombram, será porque nós é que estamos as assombramos, como se alguma vez tivesse existido tais coisas como “assuntos inacabados”.

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